18/03/2009

No mundo dos quadrinhos

Muitas crianças começam a ter gosto pela leitura lendo gibis...

As HQs surgiram nos jornais há mais de um século. Devido ao tempo, é difícil para muitos leitores recordar qual foi a primeira história que leram, dentre inúmeras já publicadas. Graças aos quadrinhos, muitas pessoas despertaram o gosto pela leitura, e a partir daí, desenvolveram o hábito de ler. Laerte – premiado chargista, quadrinista e desenhista, admite que as HQs foram importantes para o seu crescimento. “Os quadrinhos tiveram importância na formação do meu hábito de ler, mas para outras pessoas, eles também podem atuar como empecilho, ao acostumar a pessoas a ter sempre uma imagem, uma narrativa visual, junto com o texto.”

Clássicos da Literatura em HQ
Para estimular a leitura de textos clássicos e de difícil compreensão, foi elaborado em 2005 o “Viva Leitura”, projeto da Editora Fundação Peirópolis. Com o apoio do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, a editora transforma títulos como Dom Quixote e Os Lusíadas em HQ. A partir dos elementos visuais típicos de um quadrinho, o intuito do Viva Leitura é popularizar o conteúdo das obras clássicas, especialmente entre os estudantes. Enquanto para uns os quadrinhos são um passatempo infantil - também utilizados de forma didática, para Laerte, eles foram criados como uma alternativa de leitura aos adultos que buscam um tipo de entretenimento diferenciado.


Publicações Japonesas
Conhecidas do público nacional, HQs como Mafalda, Superman, Tio Patinhas, Sandman, entre outras, continuam entre as mais lidas. No entanto, já dividem espaço com as publicações japonesas – chamadas “mangas”. Estas, têm tido grande repercussão e já viraram “febre” entre os amantes das histórias em quadrinhos.Os interesses dos leitores pelos “mangas” que trazem histórias sempre variadas, ilustradas com novas roupagens e personagens expressivos, influenciou, por exemplo, o cartunista Mauricio de Souza, a transformar a famosa Turma da Mônica em “A Turma da Mônica Jovem”, que apresenta traços dos desenhos japoneses, além de retratar a turminha crescida. Na divulgação do projeto, Mauricio esclareceu que a novo estilo das histórinhas acompanha a velocidade de informação dos dias atuais. A “turminha” cresceu, está mais moderna e apresenta um vocabulário diferente. “O gibi foi o início, a Turma da Mônica Jovem é o acompanhamento, é a turminha crescida falando a linguagem do jovem”, explica.
Em relação à narrativa visual, Maurício deixa claro que o desenho ajuda, mas o público infantil também tem interesse pelo enredo da história. “O desenho pode atrair logo de cara, mas todo mundo, inclusive as crianças procura conteúdo”, finaliza.







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